quarta-feira, 12 de setembro de 2007
O sonho que sonhei...
Minha vida é apenas o reflexo de um sonho...
nada é real, tudo é fantasia, magia que invento
para poder viver, para não sofrer,
mas ainda assim sofro.
O sonho ás vezes é tão real que machuca, fere,
quase mata, o sonho dói porque é nada
e o nada dói.
Ás vezes há desperdício do tudo no nada
e tenho migalhas de algo que tanto sonhei...
sonhei tanto, tantas coisas, tudo ficou lá atrás,
o mundo é anti realidade para mim,
a vida me fez tão anti tudo,
só não me fez anti choro, anti choque, anti dor.
É tudo avesso, tudo caminha na direção contrária,
caminhos contrários eu encontrei,
é tudo inerte, é tudo sepulcral.
Não há vãos por onde eu possa passar,
escapar, fugir...sem me ferir,
tudo sangra, a ferida resvala e
recomeça mesmo no sonho a dor.
Sou só eu, tão só, tão sozinha,
sou apenas minha, não sou de ninguém.
Doloroso saber-se assim,
não há orgulho em ser de ninguém, não há alegria
há apenas no nada migalhas do tudo
que poderia ter sido o sonho que sonhei,
o sonho que chorei, o sonho que morri,
fugi, sobrevivi, mas infelizmente
não aprendi a não mais sonhar esse mesmo sonho.
Não enverdeci, não amadureci,
continuo no mesmo ponto,
só e tão somente sonhando,
chorando os mesmo prantos,
sonhando os mesmo sonhos...
preciso acordar, mas dói.
Meu sonho não sorri, meu sonho chora...
então pra que sonhar?
Flor Luciano.
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