sexta-feira, 2 de março de 2007
Garoto
Não sei se choro ou rio...ouço tua voz tenra, pura, crua, tão infantil.
Choro e rio diante de lembranças de um passado gravado no meu peito e na minha emoção, relíquias para o seu mundo para o meu, mais que isso...choro e rio lembrando.
Viajo no tempo da tua meiguice que parece não se alterar, pureza crua de criança, voz nua, pandeiro e violão, voz grande de um pequeno ser, como se não tivesse crescido são dois no meu coração.
Saudade mata? Queria não ter crescido, queria que não tivesse crescido esse pequeno potro alazão, nem ele quer...dói, provoca confusão.
Tão majestoso antes da coroa, tão doce quanto as balas do presente que voam em qualquer direção, hotéis de luxo, crianças ao redor, encrencas passadas, dúvidas por vir, saudade do fundo do quintal, saudade da pureza sem par, lágrimas sem lar, infância sem lugar.
Não sei se rio ou choro, toma a alma a saudade...de mim, de você...garoto, não é possível que eu não te conheça...não consigo acreditar?Pois você é parte da minha vida, você fez parte do meu lar, você cresceu comigo, com você aprendi a andar, não é possível que eu não te conheça, isso eu não posso aceitar...rio ou choro?
No momento preciso chorar...
Flor Luciano
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