domingo, 18 de fevereiro de 2007

Amor Animal



estava remexendo nos meus escritos e achei até versos q fiz para meu animais prediletos, para criaturinhas q marcaram muito minha vida com muita alegria e tristeza tb...era uma vez uma papagaio chamado Zé Gordura.


me perco no mais sombrio mar...de angústias feito.Carne viva palpita, ecoa num coração quebrado de dor.
Amor animal...desfeito, morte gera no peito mais amor, saudade, despeito de quem sorri de alegria, queria eu a ter como um tesouro, Loro, Brasil, Pátria nas cores das matas...nas penas, nos dardos verdes que não me deixam ver a cor da esperança.
me perco na dor desesperada, me sinto um poço sem fundo onde lágrimas não faltam e de onde são tragadas, nada me arrebata, nada me ameniza, nada me consola.
Em carne viva sinto-me como se fosse extinguir, gotículas de esperança talvez brotem para mais tarde, no momento não posso sorrir.
Amor animal, eco de carência, carinho concreto na negação do humano que parece bicho, no afago desajeitado do bicho que parece gente, que fala como gente, que canta como criança...que brinca sem raciocínio, que encanta.
Imortal parecia ser, mas era tão frágil, me perdi de amores, me perco agora em horrores de um vazio quase palpável que me foi deixado como herança.
Penas verdes como as matas não voam mais, se acha em liberdade um pássaro.Amei como um filho, um carinho inexplicável e doce, tão sereno que jamais despertaria rancor.
Um pouco de Deus na criatura criada por Ele, mescladas penas vermelhas, detalhes azuis, olhos redondos e impressionantes, iluminados e brilhantes, uma amor animal que parecia humano.
Haja o confronto da dor com a saudade, impossível aceitar a solidão da minha voz que não ecoa na risada quase infantil...impossível aceitar o vazio deixado...impossível acreditar que não haverá volta.
Adeus meu amigo querido, jamais vou te esquecer, viverás para sempre no meu peito, serás sempre uma parte do meu ser.

Flor Luciano(Darling Dear)em homenagem ao Zé Gordura, meu falecido papagaio.

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