terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Recordações




Como a multidão que me vê a sós é o meu coração agora, tão pesado de recordações, tão cheio de ilusões e esperanças...tão marcado pelos naufrágios que nunca causou, pelos tropeços que sempre levou, pela alegria das boas coisas que fez e teve gratidão e também pelas que não teve...até pelas más, que por ele não foram tantas, pela agonia das noites que sofreu por alguém e foram tantas...tantas recordações.

Meu coração agora adulto, que ainda sonha com a meiguice dos tempos de meninice, de adolescência, de inocência...tão pura e tola que eu era...tão sofredora...ainda sou.
Meu coração que agora explode, posso dizer;sou mulher...aprendi comigo, aprendi chorando mas aprendi.

São tantas, tantas recordações, tantas ilusões, desilusões e fantasias, tantas mágoas e alegrias, tanta tristeza, tanta saudade...até da dor...quantas vezes senti.
Meu coração agora aprendeu, não sofre mais, ama sim a quem lhe ama, dá amor a quem lhe quer, a quem merece, a quem procura...tantas vezes proibido foi de amar...que mera palavra sem sentido, sem destino, que impede os olhos verdes, azuis, castanhos, negros de olharem o céu de prata da tarde vadia, o sol de ouro do crepúsculo, a cor da noite que brilha, que vem ás vezes tão vazia, tão perdida, tão só.

Mas foram tantas, tantas recordações, das maldades sofridas, cada gesto recordo, não posso esquecer...não devo.
Meu coração tantas vezes marcado por poucas palavras ditas sem ao menos respeito, que diziam tudo, que mostravam tudo...ás vezes sem palavras, o que eu não queria ouvir, o que eu não queria ver, o que eu não queria sentir...tão ardente a dor...o que eu não queria querer...de tanto amor, de fazer enlouquecer por mais prudente que fosse o meu profundo ser.

Quase amargura, total agonia, total tristeza era o que sentia, sempre...e sempre sem desejar, sem esperar, sem procurar.
Coração complicado, mal amado, mal compreeendido, insatisfeito, já não tem tempo para saber se bate no mesmo compasso do coração de alguém...e continua o passado, tão presente e desolado, mexendo com minha alma cansada...cansada de desamor...de procurar tão sozinha no meio da multidão um pouco de alegria um pouco de diversão e foram tantas, tantas recordações que nem posso lembrar...

Flor Luciano(Darling Dear)

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