terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
A carne
Porque essa necessidade tão latente e tão feroz?
Porque consumir meus restos, meus dias, minhas noites assim?
Um frenesi que se apossa da alma e a prende...e quase derrota minha vida, meu ser.
Mas quase não quer dizer que venceu.
A carne é frágil tal qual bolha de sabão, fracos somos ante os desejos externos, ilusões que vêm do interior...não sei de onde? E quase vence...quase me venceu...já me venceu tantas vezes.
Tortura da alma é a carne...tão vil, tão pobre, tão podre...tempestade, furacão a arrastar o que fica, a destruir onde passa...a carne quase arrasa.
Perturba todos os poros, derruba multidão de porquês, faz seu império, chega as raias do quase enlouquecer.
A carne mata, envenena, morre, vira pó, desvanece no nada, passa de longe tão perto e quase cai, depois de tanto já ter caído.
Chamas, chagas doloridas, ardor que quase mutila, que faz do ego quase um vencedor.
Há tanto o que aprender e viver e sonhar, muito mais do que da carne se deixar enamorar.
Não há espírito que resista, mas há um Espírito à resistir, faz se vencedor sobre a carne, não há como d'Ele desistir.
Flor Luciano(Darling Dear)
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